28/8/2019

Inovação nas clínicas de medicina diagnóstica

Em matéria para Abramed, Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, o Dr. Marcelo Abreu faz uma análise do atual momento da Radiologia no Brasil.

Confira a matéria completa publicada no site da Abramed

"Para atendimentos melhores e mais abrangentes, tratamentos mais efetivos, diagnósticos precoces e um setor muito mais sustentável, a saúde clama por inovações. O termo “inovação” acompanha nossa espécie Sapiens desde sempre, inovar foi definitivo para nossa sobrevivência. Assim como na natureza, para sobreviver, as empresas precisam inovar e adaptar-se aos ecossistemas (mercados) cada vez mais dinâmicos e competitivos.

O capitalismo liberal e a tecnologia fizeram o mercado de negócios mais veloz, reduziram a longevidade das empresas e foram implacáveis com quem não inovou. Nas companhias onde existe potencial para disrupção – no caso das marcas centradas em tecnologia –, a falta de inovação é mais crítica. Seria esse o nosso caso? Somos empresas do ramo da tecnologia? Se não, onde se insere a inovação quando falamos em clínicas de medicina diagnóstica?

A medicina diagnóstica brasileira é composta por uma grande gama de empresas integradas na evolução do setor (clínicas, grandes grupos consolidados e hospitais) com características muito diferentes entre si.  Por conta disso, é inevitável que as demandas por inovação também sejam distintas.

Diferentemente dos grandes grupos e hospitais renomados, que hoje despontam como os mais inovadores, as clínicas (pequenas e médias empresas de medicina diagnóstica) muitas vezes enfrentam um mindset mais conservador, cujo foco está na medicina tradicional e na luta pela redução de custos. E isso é totalmente compreensível nos dias de hoje, em um mercado bastante competitivo e com pouca margem para erro. Acompanhar o “estado da arte” pode quebrar essas empresas.

Mas nem sempre foi assim. Se olharmos a história das clínicas brasileiras, as mais reconhecidas, mais prestigiadas, entre a década de 1980 e o início do século XXI, tiveram ambientes de alta inovação, realizando exames modernos com técnicas mais avançadas e procedimentos que, muitas vezes, ultrapassavam em complexidade os hospitais de referência na época.

Os sócios, predominantemente médicos, tinham a inovação em seu DNA. Podemos observar isso em clínicas reconhecidas e seus líderes, que buscavam fontes externas de inovação, antecipando o mercado brasileiro por meio do entendimento do mercado internacional. Na época, com o mundo menos globalizado e a informação fluindo de forma mais lenta, a inovação trazida de fora tinha um impacto muito maior.

Nos dias atuais, em que o mercado é de difícil sobrevivência, há um paradoxo dentro da realidade das clínicas: a cautela é a chave para a manutenção da sustentabilidade, ao mesmo tempo que atua como barreira para a inovação. Com a globalização nivelando as inovações possíveis, atualmente, para inovar, essas clínicas precisam de garantias no custo-benefício.

A modernização, no entanto, faz-se necessária em qualquer cenário, e isso significa incorporar inovações que já foram testadas e consagradas. Essa já é uma percepção mesmo dos líderes e donos de clínicas mais conservadores, os quais entendem que não acompanhar esse fluxo pode levar ao desaparecimento de suas empresas. Portanto, buscam investimentos em sistemas digitais para marcação e entrega de exames; inteligência para automação de processos, por exemplo, o reconhecimento de voz; uso de PACS com portais para clientes; e telerradiologia e telemedicina. Quem não está acompanhando essas modernizações dentro do setor de medicina diagnóstica corre o risco de enfrentar dificuldades competitivas, depuração que já está acontecendo no mercado.

Os grandes grupos e os hospitais renomados do país surgem como espelhos para os menores. Observando suas inovações, as clínicas espalhadas pelo território brasileiro tentam filtrar e escolher as tecnologias com maiores chances de sucesso. Porém, mesmo que soe como uma surpresa, as grandes empresas ainda não possuem inovações realmente diferentes das menores. São, obviamente, aplicações em maior escala, mas nem sempre mais inovadoras.

E isso acontece devido ao atraso inerente ao setor de saúde, principalmente no que diz respeito a otimização de custos, automação e sistemas de informação inteligentes. O fato é que persiste uma carência por produtos inovadores e é justamente por isso, que as grandes marcas estão investindo em inovações próprias. Essa corrida pela liderança nessas iniciativas vem recebendo novos competidores que, integrando o ramo da inovação, estão na porta de entrada do mercado por perceber, no segmento de healthcare, excelentes oportunidades de negócios. São eles a Apple, a Google, a Amazon e tantas outras gigantes espalhadas pelo mundo.

Se inovação fosse sinônimo de tecnologia, ao observar o peso desses competidores, as clínicas considerariam o jogo perdido e encerrariam suas atividades. Inovar – principalmente dentro do setor de saúde – pode representar retirar um pouco da tecnologia dos processos, trazendo a humanização de volta ao debate. Quem tem perfil inovador está habituado a giros 180 graus que, muitas vezes, invertem o rumo dos negócios, voltando a padrões mais antigos readaptados ao mundo moderno.

Reduzir de tamanho, personalizar o atendimento, focar nas atividades com melhor desempenho ao invés de escalar o negócio, hoje, são ações que podem ser vistas como inovação. Interpretar o segmento de medicina diagnóstica como um setor “não tecnológico”, em que o serviço e as relações humanas são o foco principal é, sem sombra de dúvidas, inovador nos novos tempos.

A nova medicina dos “4Ps” (preditiva, proativa, personalizada e de precisão) está modificando as relações entre médicos e pacientes, bem como criando novos contratos comerciais. As mudanças demográficas também acontecem de forma acelerada em conjunto com as alterações epidemiológicas das sociedades. Tentar antever os caminhos, as transformações e os rumos desse novo cenário traz oportunidades para um ambiente de alta inovação onde as clínicas, por sua característica singular, podem ter boas chances de sucesso."

Por Dr. Marcelo R. de Abreu, especialista em Radiologia Musculoesquelética, presidente do conselho do grupo SIR Radiologia e atua radiologista nos centros de diagnóstico do Hospital Regina e Hospital Mãe de Deus.

  • Graduação em Medicina UFRGS 1999;
  • Residência Médica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem HCPA 2000;
  • Fellow na Universidade da Califórnia em Musculoesquelético 2001-2002;
  • Fellow na Universidade da Califórnia em Neuroradiologia de Coluna 2002;
  • Membro da International Skeletal Society;
  • Revisor da Revista Skeletal Radiology;
  • Pesquisador Associado das Universidades da Califórnia e Zurique;
  • Membro do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

Fonte: http://www.abramed.org.br/inovacao-nas-clinicas-de-medicina-diagnostica/

1. O que é o Coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Este provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).

Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus.

2. Quais são os sintomas do coronavírus?

Os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem também causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. 

Os principais são sintomas conhecidos até o momento são:
• Febre;
• Tosse;
• Dificuldade para respirar.

3. Devo procurar atendimento médico?

Se você não apresenta qualquer sinal da doença, principalmente respiratória como febre, tosse e dificuldade em respirar, não há necessidade de realização de exame para COVID-19 ou atendimento médico via emergência. Procure observar o aparecimento dos sintomas e tente restringir ao máximo suas atividades sociais.

4. Quem tem mais risco de desenvolver sintomas mais graves da doença?

Pessoas idosas e pessoas com doenças pré-existentes (como hipertensão, diabetes, problemas cardiovasculares) são mais propensas a desenvolver a forma mais grave da COVID-19.

5. Como o coronavírus é transmitido?

As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo.

Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1m) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção.

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
 
• Gotículas de saliva;
• Espirro;
• Tosse;
• Catarro;
• Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
• Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

6. Qual o período de incubação do coronavírus?

Período de incubação é o tempo que leva para os primeiros sintomas aparecerem desde a infecção por coronavírus, que pode ser de 2 a 14 dias.

7. Qual o período de transmissibilidade do coronavírus?

De uma forma geral, a transmissão viral ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas. É possível a transmissão viral após a resolução dos sintomas, mas a duração do período de transmissibilidade é desconhecido para o coronavírus.

Durante o período de incubação e casos assintomáticos não são contagiosos.

8. Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

• Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool;
• Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
• Evitar contato próximo com pessoas doentes;
• Ficar em casa quando estiver doente;
• Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo;
• Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência;
• Evite lugares com aglomeração de pessoas.

Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

9. Como é feito o tratamento do coronavírus?

Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. No caso do coronavírus é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como, por exemplo:

• Uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos);
• Uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garganta e tosse.

Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.

Todos os pacientes que receberem alta durante os primeiros 07 dias do início do quadro (qualquer sintoma independente de febre), devem ser alertados para a possibilidade de piora tardia do quadro clínico e sinais de alerta de complicações como: aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais sem febre), elevação ou reaparecimento de febre ou sinais respiratórios, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), dor pleurítica (dor no peito), fadiga (cansaço) e dispnéia (falta de ar).

10. Como é feito o diagnóstico do coronavírus?

O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). É necessária a coleta de duas amostras na suspeita do coronavírus.
As duas amostras serão encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
Uma das amostras será enviada ao Centro Nacional de Influenza (NIC) e outra amostra será enviada para análise de metagenômica.

Para confirmar a doença é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o RNA viral. O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de amostra, que está indicada sempre que ocorrer a identificação de caso suspeito. 

Orienta-se a coleta de aspirado de nasofaringe (ANF) ou swabs combinado (nasal/oral) ou também amostra de secreção respiratória inferior (escarro ou lavado traqueal ou lavado bronca alveolar).

11. O que devo fazer se visitei ou tive contato com pessoa que visitou recentemente um país que registrou casos da doença?

Se você não apresenta qualquer indicação de doença respiratória como febre, tosse e dificuldade em respirar, não há necessidade de realização de exame para COVID-19 ou atendimento médico via emergência. Procure observar o aparecimento dos sintomas e tente restringir ao máximo suas atividades sociais.

12. Existe algum caso de COVID-19 confirmado no Brasil?

Segundo boletim do Ministério da Saúde, existem casos da doença confirmados no Brasil. O número de casos confirmados é atualizado diariamente pelo Ministério da Saúde no endereço eletrônico http://plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus/

13. Há algum risco de que animais de estimação espalhem o vírus?

Não. Mesmo na China, onde o vírus está circulando, não se sabe de casos em que animais domésticos tenham sido responsáveis pela transmissão do vírus.

FONTE: Ministério da Saúde

NOVIDADES

Publicações relacionadas.

Contact us

Need a quote.